domingo, 25 de setembro de 2011

Da nossa chuva já nem falo que é fato como fogo e ardências.

Eu digo é do amor que sempre esteve e desabrochou com ela. Das flores que você me trouxe pros dias, numa primavera tão perene que já nem caibo nas estações do tempo, nas definições que pontuam os ventos. Eu sei que teu abraço é meu amparo. Já posso saltar no desconhecido com a inocência de uma criança que nunca foi machucada. Porque quando você ri, a confiança me preenche. Então a vida é sábia. E nós a reinauguramos diariamente.
Agora eu entendo que a poesia não é aquela sedução tosca nascida da insegurança de alguém que um dia soube construir uma única metáfora consistente e passou dias embolado na definição de um verso torto que nunca conseguiu desatar. Não é a tentativa de manter uma história irreal que já se sabe, não renderá. Poesia, é esse seu olhar derretido que me dá vontade de dizer: vem meu amor, vem dormir aqui, no meu melhor abraço.
E entender que nesse momento nada pode ser melhor que isso.
Porque eu mereço o melhor. E você também.

2 comentários: