sábado, 30 de julho de 2011

Recuse minha incapacidade de me achar amada e me ame.

Se você me ligasse a gente poderia ter uma conversa séria a respeito da solidão e do tédio do mundo e resolver ser feliz pra sempre. A gente poderia resolver isso e depois resolver que o mundo tem suas limitações e depois resolver que não tem limitação coisa nenhuma. A gente poderia mudar de opinião juntos e tornar a vida menos solitária e tediosa. Olha, é simples, são sete números e uma única chance de conhecer uma mulher super bacana. Que, sim, tem chulé às vezes, tem bafo às vezes, tem ataques de histeria, ciúme e infantilidade às vezes. tá bom, é mais do que às vezes, mas se você me ocupar com bom papo e carinho, eu juro que esqueço um pouco meu lado que não sabe se relacionar. Peraí, tá tocando aqui. tem que ser você, tem que ser você. tem que meeeeeeerda, pena que não dá para processar o "Vivo Informa" por propaganda enganosa.

Porque eu sou fiel aos meus sentimentos.

Vou estar com você quando eu realmente quiser estar. Vou te ligar quando eu quiser falar com você. Porque eu não passo vontade. E nem vou passar vontade de você. Não vou fazer joguinho. Eu me entrego mesmo. Assim. Na lata. Eu abro meu coração. Rasgo o verbo. Me dou em prosa. E se te disser que não te quero, meu olhar vai me desmentir na tua frente. Porque eu falo antes de pensar. Eu falo até sem sequer pensar. Eu penso falando. E se estou com você, aí, não penso duas vezes. Não penso em nada. Não quero mais nada.
Então, não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado menina não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.
Você não vai me ver mentir. Desista. Mentiria sobre a cor do meu cabelo. Sobre minha altura. Até sobre meus planos para o futuro. Mas não vou mentir sobre o que eu sinto. Nem sob tortura. Posso mentir sobre minha noite anterior. Sobre minha viagem inesquecível. Mas não agüentaria mentir sobre você por um segundo. Não na sua cara. Mentiria pras minhas amigas sobre a sua beleza. Diria que tem corpo de atleta e um quê de Don Juan (mesmo sabendo que elas iriam descobrir a farsa depois). Mas não me faça mentir e dizer que não te quero. Que eu não estou na sua. Não me obrigue a jogar. Não me obrigue a dizer “não” quando eu quiser dizer “sim”. Não me faça tirar você da minha vida porque meu coração ainda acelera quando você me liga.
Insisto. Não perca seu tempo comigo. Porque eu não quero entrar no seu carro se não puder entrar na sua vida. Não me conte seu passado se eu não puder viver seu presente. Não faça planos comigo se não me incluir no seu futuro. Não me apresente seus amigos se, amanhã, vou virar só mais uma. Me poupe do trabalho de adivinhar seus pensamentos. Diga que me quer apenas quando for verdade. Diga que está com saudade apenas se sentir minha falta do seu lado. Peça minha companhia quando não desejar só meu corpo. Me ligue quando tiver algo pra dizer. Mas, por favor, me desligue quando não estiver mais afim de mim.

Eu escancarei a porta - ridiculamente ansiosa - e lá estava ele, meu milagre pessoal.

Meus olhos acompanharam suas feições: o quadrado do queixo, a curva suave dos lábios cheios – agora retorcidos num sorriso -, a linha reta do nariz, o ângulo agudo das maças do rosto…
Deixei os olhos para o final, sabendo que, quando olhasse dentro deles, talvez perdesse o fio do pensamento. Eles eram grandes, calorosos como ouro líquido, e emoldurados por uma franja grossa de cílios escuros. Olhar seus olhos sempre fazia com que eu me sentisse extraordinária - como se meus ossos tivessem virado esponja. Eu também ficava um pouco tonta, mas isso devia ser porque eu me esquecia de respirar. De novo .

Eu nunca mais quero ouvir que você só tem olhos pra mim, ok ?

E nem o quanto você é bom filho. Muito menos o quanto você ama crianças. E trate de parar com essa mania horrível de largar seus amigos quando eu ligo. Colabora, pô. Tá tão fácil me ganhar, basta fazer tudo pra me perder.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tenho tentado ser melhor sempre, porque eu sei que você merece.

Eu gosto de te ouvir falar e de saber que o que você me diz é exclusivo. (...)
Mas tanto tempo de convívio me trouxe certa prioridade que eu valorizo muito. Gosto também de quando falo, porque por mais que você não entenda, me apoia. Você me dá esperanças nas minhas paixões platônicas e na vida que eu levo cabeça a dentro. Aliás, essa é a nossa maior diferença: você pensa sobre o que você vive, e eu vivo sobre o que eu penso. Somos opostas e ainda assim nos compreendemos. (...) Crescemos, sim. Mudamos, sim. São mais de 4* anos ao seu lado, e como você mesma disse, eu nem lembro do mundo antes de conhecer você. jamais perderemos a loucura de mulheres neuróticas pelas madrugadas insones. Amigas são para sempre. Você é para sempre. Não se perca (...) Mas se um dia isso acontecer, pode ter certeza: Pararei meu mundo só pra te buscar.







Texto dedicado a melhor amiga do mundo . Larissa Galvão

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Talvez o mal é que a gente pede amor o tempo todo.

Não se preocupa nunca em dar amor, sem esperar reciprocidade. O meu livro está cheio de dedicatórias. Quando eu escrevo alguma coisa que sai de dentro, lá do fundo, dilacerada, e eu dedico a alguém, eu dou tudo aquilo que eu vivi, que eu senti, pra essa pessoa.

A gente sempre procura um amor que dure o mais possível.

Procura, procura, talvez tu aches. Pra mim é horrível eu aceitar o fato de que eu tô em disponibilidade afetiva. Esse espaço branco entre dois encontros pode esmagar completamente uma pessoa. Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo, porque não agüenta o fato de estar sozinho. Eu me sinto superfeliz quando encontro uma pessoa tão confusa quanto eu.

(…) Uma mulher não perdoa uma única coisa no homem:

que ele não ame com coragem. Pode ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos, jogar futebol no sábado com os amigos, soltar gargalhada de hiena, pentear-se com franjinha, ter pêlos nas costas e no pescoço, usar palito de dente, trocar os talheres de um momento para outro. Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem.
Amar com coragem não é viver com coragem. É bem mais do que estar aí. Amar com coragem não é questão de estilo, de gosto, de opinião. Não se adquire com a família, surge de uma decisão solitária. Amar com coragem é caráter. Vem de uma obstinação que supera a lealdade. Vem de uma incompetência de ser diferente. Amar para valer, para dar torcicolo. Não encontrar uma desculpa ou um pretexto para se adaptar, para fugir, para não nadar até o começo do corpo. Não usar atenuantes como “estou confuso”. Não se diminuir com a insegurança, mas se aumentar com a insegurança. Não se retrair perante os pais. Não desmarcar um amor pela amizade. Não esquecer de comentar pelo receio de ser incompreendido. Não esquecer de repetir pela ânsia da claridade. Amar como se não houvesse tempo de amar. Amar esquisito, de lado, ainda amar. Amar atrasado, com a respiração antecipando o beijo. Amar com fúria, com o recalque de não ter sido assim antes. Amar decidido, obcecado, como quem troca de identidade e parte a um longo exílio. Amar como quem volta de um longo exílio.
(…) Amar com coragem, só isso.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Não quero lembrar.

Faz mal lembrar das coisas que se foram e não voltam. (...) Agora já passou. Não sinto raiva, não sinto nada. Sinto saudade, de vez em quando. Quando penso que podia ter sido diferente .

terça-feira, 26 de julho de 2011

Ultimamente não estou esperando coisas boas,

e nem ruins, de nada e nem de ninguém. Por mim, tanto faz, cansei de criar falsas expectativas.

domingo, 24 de julho de 2011

Fui vivendo minha vida de maneira tão solitária,

conquistando minhas coisas tão no braço, tão sempre sem nada, que aprendi a ter uma enorme admiração por mim mesmo.

E você nem sonha que eu sou meio ciumenta,

bem chata, quero ser mãe e acredito no amor da minha vida. Acredito no amor pra sempre. Acredito em alma gêmea.

O domingo tá acabando — já é tarde — amanhã a gente começa de novo.

Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança.

Provavelmente ninguém percebe, mas quando eu me afasto, é quando eu mais preciso de companhia.

E bati, e bati outra vez, e tornei a bater, e continuei batendo sem me importar que as pessoas na rua parassem para olhar, eu quis chamá-lo, mas tinha esquecido seu nome, se é que alguma vez o soube, se é que ele o teve um dia, talvez eu tivesse febre, tudo ficara muito confuso, idéias misturadas, tremores, água de chuva e lama e conhaque no meu corpo sujo gasto exausto batendo feito louco naquela porta que não abria, era tudo um engano, eu continuava batendo e continuava chovendo sem parar, mas eu não ia mais indo por dentro da chuva, pelo meio da cidade, eu só estava parado naquela porta fazia muito tempo, depois do ponto, tão escuro agora que eu não conseguiria nunca mais encontrar o caminho de volta, nem tentar outra coisa, outra ação, outro gesto além de continuar batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo nesta porta que não abre nunca.

Cá entre nós: fui eu quem sonhou que você sonhou comigo?

(...) ainda que um de nós dois ou os dois tivéssemos realmente sonhado que um sonhava com o outro, também é pouco provável que falássemos sobre isso. Ou não ?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Então você quer se demitir do amor ?

Isso mesmo, querido chefe coração. Eu quero desaparecer daqui. Quero que você se exploda ... O quê? Aviso prévio. Quem disse? É lei. Tá bom. Aviso prévio. Mas eu te juro, só mais uma semana. Aproveita bem que está acabando. E se você for esperto, metade do que bota banca que é, me contrata antes de me perder pra sempre.

Só que aí eu acabei mudando.

E foi mudança aos poucos, porque até hoje me dou conta de coisas minhas que já não estão mais lá e, quem roubou, eu jamais vou saber. O sorriso mudou e a vontade de sorrir pra qualquer pessoa também, graças a Deus. Foi por sorrir tanto de graça que eu paguei tão caro por todas as coisas que me aconteceram. Às vezes me pego olhando ao meu redor e vendo tanta menina parecida comigo. Tanto sentimento gritando de bocas caladas e escorrendo de peles secas. Tanta coisa acontece com a gente. Tanta gente passa pela gente, mas tão pouca gente realmente fica. E eu sei que, talvez, eu tivesse que ficar triste. Talvez eu tivesse que continuar secando lágrimas, abraçando o vento e rindo no vácuo, mas o fato é que eu não consigo. Eu não consigo mais ser triste só para mostrar que um dia eu fui - ou achei que tivesse sido - feliz. Aprendi com os meus próprios erros que sofrer não torna mais poético, chorar não deixa mais aliviado e implorar não traz ninguém de volta. Aprendi também que por mais que você queria muito alguém, ninguém vale tanto a pena a ponto de você deixar de se querer. Eu que gritei para tantas pessoas ficarem, hoje só quero mesmo é que elas sumam de uma vez por todas. E em silêncio, que é pra ninguém ter porque se lamentar.

Eu indo embora para casa, segurei o peito, que parecia solto, e abafei uma lágrima.

Como eu queria agora estar com ele. Como eu queria dobrar aquela esquininha com você, de mãos dadas.

Eu continuo extremamente apaixonada por você,

sinta-se amada todos os dias, mas pense, não é mais aquele amor doentio, é um amor de querer bem sabe? é um amor (...)
bondoso e limpo, com saudades.

Eu não sei se essa é sua intenção, mas você está me fazendo perceber que eu posso ser feliz sem você.

Diz gostar de mim, mas suas atitudes só me provam o contrário. Não vou esperar você decidir se me quer ou não na sua vida. Tenho muita coisa aqui pra te oferecer, mas sabe o que é? Sou incompleta, também preciso receber. Portanto, não se assuste se um dia eu acordar com a capacidade de te olhar nos olhos, sorrir e dizer adeus .

terça-feira, 19 de julho de 2011

Ombreiras vem e vão,

mas os melhores amigas são para sempre !

Feliz dia da amizade blogueiras :)


Beatriz Reis , Lari Galvão , Raissa Vieira , Jessica Matos , Priscila Menezes , Leticia Nogueira , Bell , Erica Santana ,

Laura Cunha , Hirla Santana , Juliana Silva , Marina Valadares , Andressa Milet , Juliana França , Thaysa Costa , Nana Carvalho e Kayala Batista .

Metada que sou hoje devo a vocês

segunda-feira, 18 de julho de 2011

No canto da foto , é você o homem mais lindo do mundo.

Meu Deus, como você é lindo. Não existe não morrer um pouco quando você chega

Eu te amo quando as pessoas olham estranho, suspeitando .

Eu amo quando usa aquela camiseta preta e olha pra mim quando não pode . Eu amo seus elogios . Eu te amo independente do amor . Eu te amo quando considerar errado amar. Eu te amo quando for proibido, quando me deixarem, quando você quiser e principalmente quando não quiser e precisar . Quem sabe você precise do meu amor tanto quanto eu preciso te amar.

Tenho medo de te perder por falta de atenção ou por excesso dela.

Tenho todos os motivos do mundo pra te pedir pra ficar comigo, do meu lado, mas não posso fazer isso, preciso sentir que você também quer estar comigo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. “Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho”.
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. “Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato.”
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

Logo, não importa

se ele chega sempre atrasado e você é a rainha da pontualidade, desde que ambos tenham a mesma visão de mundo e os mesmos valores. Esse é o prato principal de todo relacionamento. O resto é tempero.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Tá faltando homem que assuma seus afetos, homem que se apaixone.

E que se dane o que os outros pensem ou que a sociedade aplauda ou condene. Tá faltando homem, que agüente as conseqüências de seus desejos e que defenda as razões de seu coração. Tá faltando homem.

Este silêncio é assustador.

Não porque talvez ele não seja necessário, mas porque mesmo sendo necessário, ele machuca. E ando muito ferida pra suportar um pouco mais de dor. Então eu queria que alguém me dissesse que vai ficar tudo bem, sabe? Porque esta incerteza toda tem me desnorteado demais. E uma ansiedade aguda toma conta de mim minuto a minuto.E ainda há a saudade.E mesmo que as previsões sejam positivas, tudo ainda me parece tão longínquo!E estou com pressa, e sede e fomes demais. Percebe como minhas palavras estão respirando com dificuldade? Então eu te peço pra não me deixar tão sozinha assim nesta fase. Mesmo que haja sol e as ondas vão e venham incansavelmente me lembrando do movimento da vida, a sua voz me faz tanta falta quanto uma brisa. Não que tenha me faltado companhia, mas em algum momento o abraço termina porque as pessoas têm as suas vidas. E ainda, o barulho das cidades têm me incomodado tanto quanto este silêncio denso. Então eu fico sem saber pra onde ir. E fico tão sonolenta e encolhida no meu canto até que alguém venha me abraçar novamente. E às vezes esse socorro demora tanto por causa da minha necessidade sempre tão urgente de tudo. De paz. Por não querer sufocar ninguém, fico aqui, sufocada.
Só estou te dizendo estas coisas porque acho estranho você não ter a menor curiosidade em saber como tenho me sentido. Depois de tudo. Porque não existe um segundo sequer em que eu não pense e queira saber e deseje que você esteja bem. Só isso.

O amor,

devagarinho, esgarça o tecido que veste as nossas defesas e deixa a nossa alma toda de fora. Depois, sorri, encantado, diante da beleza singular da nossa nudez.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Não se apresse não.

Quando é amor mesmo, o eterno fica assim: ajustável ..

Recomeçar

é o verbo que nos leva de volta pra casa com os mesmos sonhos sustentando as páginas e um amor - próprio à tiracolo querendo ser poema de novo.

Não consigo, não me adapto, não me conformo.

A rotina jamais me fará satisfeita porque eu tenho uma claustrofobia absurda de lugares e tempos. Estalo os dedos, batuco nos móveis, balanço freneticamente os pés. Preciso de ar. Falo o tempo todo porque o silêncio aumenta minha ansiedade, quero saber de tudo e conhecer todos os assuntos. Vou roer as unhas de esmalte vermelho e pintar meus dentes de nervoso, vou quebrar as janelas para respirar novos ares. Quero gritar mais alto que a música e destruir minha limitações. Então me busca, me tira dessa vida pela metade, me mostra o mundo.

Eu estava triste, o coração apertadinho, o tempo chuvoso no rosto.

O pensamento andando em círculos em torno de um único ponto. Na berlinda, um daqueles problemas que a gente precisa resolver, mas não tem a mínima ideia de como. Daquele tipo espaçoso, metido à besta, que diz ser maior do que nós e a gente quase acredita. Todo mundo se depara com um mentiroso desses, de vez em quando. Eles não são seletivos, batem em tudo o que é porta. Astutos, encontram um jeito para entrar mesmo quando tentamos impedir. Alguns nem são novos como o impacto do desconforto faz parecer. Reaparecem, de tempos em tempos, com novidades da versão atualizada do seu programa. Novidades que, às vezes, tornam um pouco mais complicado o que já era difícil.
Eu estava lá há um tempão, olhando para o dito cujo, assustada como um passarinho que se flagra num alçapão. Não conseguia ver um fiapo que fosse de outra coisa qualquer além dele. Problema espaçoso, metido à besta, é assim: se a gente lhe der muita confiança, ele monopoliza o tempo do nosso olhar sem nenhum constrangimento. Mas, de repente, eu cansei do cativeiro. Da tristeza. Do aperto. Da chuva no rosto. Por algum lampejo de lucidez, percebi que nada daquilo me ajudaria a solucioná-lo naquele momento, embora fosse o que eu mais quisesse. Só se o gênio da lâmpada aparecesse ali e me concedesse um pedido, mas como a lâmpada mais próxima ficava no lustre, desconfiei não poder contar com aquela alternativa. Foi aí que peguei meu violão.
Comecei a tocar meio desanimada, cantarolando uma música aqui, outra ali, a voz ainda atrapalhada pelos respingos da tristeza, mas sem me importar com o detalhe de não saber tocar nem cantar de verdade. Depois de alguns minutos, envolvida com a brincadeira, eu já não sentia tão intensamente o peso do tal problema, aquele que eu não poderia resolver de uma hora pra outra. Não demorou para que o meu coração ficasse mais solto e o tempo chuvoso me desse uma trégua. Não foi mágica, apenas uma mudança consciente de foco. Troquei de canal para levar minha vida pra passear um pouco. Para soprar algumas nuvens. Para respirar melhor. Ao permitir que o pensamento se dissipasse, abri espaço para mudar meu sentimento. O problema continuava no mesmo lugar; eu, não. Nós nos encontraríamos outras tantas vezes até que eu pudesse solucioná-lo, mas eu não precisava ficar morando com ele enquanto isso.
Os pensamentos preparam armadilhas pra gente. Ao cairmos nelas, nos enredamos de tal maneira que esquecemos ser capazes de sair de lá. A vastidão da nossa alma fica reduzida a um cubículo, como se não tivesse espaço suficiente para abrigar uma variedade de sentimentos. Passamos a nos comportar como se tivéssemos apenas um lápis de cor e não a caixa inteira. Nós nos apegamos a alguns pensamentos e lhes conferimos exclusividade. Nós lhes damos o cetro e a coroa e afirmamos o seu poder sobre as nossas emoções. Ficamos presos neles, feito passarinho quando cai no alçapão. A diferença é que, por mais que tente, ele não pode sair de lá sozinho, ao contrário de nós. Passarinho tem asas do lado de fora. A gente, do lado de dentro.

Ainda à beira-mar,

os olhos na direção do horizonte, mas pousados em algo que somente eu podia ver, senti que, naquele instante, o meu coração me pedia apenas para eu desistir. Desistir da ilusão a qual eu me apegava, embora já lhe conhecesse a fragilidade. Desistir da expectativa sempre acompanhada da frustração que ela envolvia. Desistir de tentar entupir aquele espaço vazio com tantas coisas incapazes de preenchê-lo. Desistir de manter aberta aquela ferida até que pudesse ser curada pelo remédio que, por tanto tempo, elegi ser o único capaz de curá-la. Não, aquele remédio que aguardei que viesse não viria mais. Não viria nunca. A possibilidade disponível de cura viria somente da minha aceitação. Do meu desapego. Do meu autopreenchimento. Naquele instante, aceitei o pedido: eu escolhi desistir. Escolhi sair daquela dor. Ainda não sabia exatamente como fazê-lo. Mas estava confiante de que, de alguma forma, eu aprenderia.
O mar já havia me levado vários anéis, mas foi a primeira vez que o mar me levou uma ilusão. A ferida, eu sabia, demoraria um pouquinho para cicatrizar, como acontece com todas elas, as do corpo e as da alma, mesmo quando param de doer. Naquele dia, entre tantas emoções, experimentei uma terna gratidão pela perspectiva de cura e pela capacidade que a vida tem de se renovar, mesmo quando passa um bocado de tempo doendo. (…)

Eu achava que era você

(…) na rua, no supermercado, na fila do cinema Virei uma caçadora de você em todas as pessoas. Eu queria te ver apenas .

Quer me tratar bem ?

Amém! Se não quiser, vá com Deus, não me procure mais! Amor incondicional é muito bonito. Mas eu só tenho por mim, pela minha família e pelos meus cachorros. De resto, sou igual bicho. Me morde e eu te como .

domingo, 10 de julho de 2011

Eu quero eternizar o seu sorriso lindo – mas eu nunca falei dele pra você.

Nem falei do seu cheirinho bom. Que é o cheiro de uma nova vida que eu estava precisando tanto… E você nem sonha que eu sou meio ciumenta, bem chata, quero ser mãe e acredito no amor da minha vida. Acredito no amor pra sempre. Acredito em alma gêmea.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Então liguei pro meu velho amigo de sempre.

E ele veio correndo, consertar meu coração, acalmar meus medos. E disse que nada mudou, foram 56 mil anos mas nada mudou. Ele ainda está aqui pra mim .

A carência é nossa inimiga número um.

Você já parou para pensar nas besteiras que faz por carência ? Liga pra relacionamentos falidos, dá bola pra babacas .

Disfarcei meus ciúmes, amaciei minhas mágoas.

Sua voz me tranqüilizara, teu sexo me domava. Fiz como pude e como não pude. Do seu jeito fui levando, algumas vezes amor próprio me faltou, mas eu só queria seu amor. Por inúmeras vezes te amava mais do que o tudo. E pergunto: E você? O quê? Armei sua lona, fiz seu circo , pintei seu mundo. Fiz de você meu primeiro. Usei suas cores, anulei as minhas. Aceitei suas verdades intactas, anulei as minhas. E você amor? O quê? O quê você fez? Despedacei meu ego, levantei nossa bandeira. Me julguei egoísta, fui contra a seu favor. Chorei, chorei, chorei até faltar vazio em mim. Fui no fundo, no profundo do meu âmago. Pra merecer teus carinhos, teus gemidos, tua língua, teu prazer, teu sorriso, tua atenção, teu apreço. Pra me sentir mulher, me fiz criança. Fiz pirraça, cena, novela. Decorei um texto pra nada dar errado. Abri a mente, fiz preces, fantasiei um mundo. Amei teu corpo, teu jeito, teu cheiro,tua sombra, abri meu peito acreditei na gente. Desconfiei muito, mas confiei demais. E você amor? O quê ? Ouviu minha canção? Abriu o peito? Cortou seus cabelos? Trocou de canal? Falou “aquela” frase? Fez planos pra mim? Escolheu um filme pra nós dois? Foi minha companhia para todos os momentos? Foi a um show? Usou “aquela” blusa? Amou-me de verdade? Pensou em mim? No que construímos? No que alcançamos? Tudo um dia tem fim. Tudo na vida tem volta. Tranqüilo você pode ficar, riscos de amar sem ser amado, você não há de correr não. Amor de verdade você não sabe diferenciar. Dizer que vou ser feliz agora? Quem sabe? Dizer que você vai se dar bem? Tomara! Aprendizados são pra vida toda, mas amor unilateral na vida da gente uma só vez é suficiente.