domingo, 27 de março de 2011

Preciso desesperadamente esquecer-te,


como preciso neste instante de seu abraço e regresso.

Sabe quando você lembra do sorriso dele,


e involuntariamente você sorri também .. Então, é tão incrível .

Algo me carrega pra perto de você, um algo infinitamente pequeno e solitário frente ao imenso e diversificado não que carrego em relação a nós.


Isso, de estar por perto e poder vê-lo, sempre me gela o coração e seca a boca, o que é uma besteira pois sem dramas ou dúvidas externadas seguimos com nossas vidas e, também num acordo silencioso e quase sem importância, decidimos manter uma amizade agradável e sem fins sexuais a cada doze ou nove ou dezessete ou onze ou quarenta e três dias.

E você, meu amigo homem de lata !


você quer um coração ... você não sabe o quão sortudo é por não ter um. Corações nunca serão práticos enquanto não forem feitos para não se partirem .

terça-feira, 22 de março de 2011

Pode iludir suas meninas com poucas palavras.


Pode ser o melhor da vida delas e não querer nada sério. Faz elas acreditarem que você vai mudar, que você vai deixar de querer todas e nenhuma. Promete pra cada uma delas que vai beber menos e abraçar mais.
Mas vem me contar depois. Deixa eu te explicar que elas sofrem por serem mulheres e que um dia você vai achar uma que não seja tão superficial. Deixa eu te jogar mil indiretas enquanto te aconselho sobre as outras.
Enquanto isso, eu sou a que não é tão superficial, mas mora longe demais pra mudar sua vida. Enquanto isso eu te espero porque sei que você vai chegar. Eu nunca pedi mais que isso, na verdade eu nunca pedi nada. Eu só me fiz presente e fiz falta pra deixar você existir melhor que qualquer um. '

Fica mais um pouco e me deixa fazer parte da sua história.


Quero o seu dia-a-dia na minha rotina e seu colo pra dormir. Quero nossos assuntos em pauta e nossa falta fazendo companhia. Eu quero mais que solidão a dois e inseguranças tristes para preencher cotidiano. Mais que sorrisos inconvicentes e quase amizades convenientes. Eu quero menos. Menos pensamento, menos dúvida. Um equilíbrio e você de brinde.

'Se dependesse de você, ficaríamos eternamente nos encarando sem chegar em lugar nenhum.


Você se tornou o desafio perfeito e, confesso, sua embalagem prometia muito mais do que o produto realmente é. Fui eu quem cuidei da parte da atitude, da conversa, do momento certo. Acho muito cansativo ser responsável por tudo, então eu desisto de tentar te fazer humano. Pode seguir com sua falta de vida, cheio de pose e frases prontas.'

domingo, 20 de março de 2011

O cheiro dele era tão bom nas mãos dela quando ela ia deitar, sem ele.


O cheiro dela era tão bom nas mãos dele quando ele ia deitar, sem ela. O corpo dela se amoldava tão bem ao dele, quando dançavam. Ele gostava quando ela passava óleo nas suas costas. Ela gostava quando, depois de muito tempo calada, ele pegava no seu queixo perguntando ― o que foi, guria ? Ele gostava quando ela dizia sabe, nunca tive um papo com outro cara assim que nem tenho com você. Ela gostava quando ele dizia gozado, você parece uma pessoa que eu conheço há muito tempo. E de quando ele falava calma, você tá tensa, vem cá, e a abraçava e a fazia deitar a cabeça no ombro dele para olhar longe, no horizonte do mar, até que tudo passasse, e tudo passava assim desse jeito. Ele gostava tanto quando ela passava as mãos nos cabelos da nuca dele, aqueles meio crespos, e dizia bobo, você não passa de um menino bobo.

Mas uma coisa, eu exijo.


Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade.

Dentro daquela saudade que não ia embora por mais que o tempo passasse e dentro dele,


mesmo sem lembrar, apenas agindo, todos os dias eu acordava e tomava banho, escovava os dentes e fazia todas essas coisas rotineiras, igual a alguém que aos trancos, mecanicamente, continua a viver mesmo depois de ter perdido uma perna ou um braço.

E todo mundo adora meu melhor amigo.


E eu amo ele,a gente não se beija nem nada,mas quando vai ver já pegou na mão um o outro
de tanto que se gosta, se cuida e se sabe.

Eu juro que da próxima vez que nos vermos eu já estarei ótima e morta de paixão,

mas não será por você novamente, eu juro !

Eu chorei a nossa imperfeição,


Eu chorei a saudade enganada da nossa perfeição, eu chorei a nossa necessidade de não se largar, a nossa necessidade de fugir do mundo em nós e a nossa necessidade de fugir de nós encontrando amigos.
Eu chorei o nosso ego que sempre tem respostas para tudo e não pode perder, chorei o nosso silêncio cansado de perguntas e desprovido de interesses, a pobreza do mundo que nos impossibilita de sermos felizes sem culpa, a falta de simplicidade que eu tenho para ser feliz e eu chorei o espaço da nossa alma que ainda falta evoluir.
Eu chorei o nosso medo de não sermos o que sonhamos. Eu chorei o medo que eu tenho de não ser quem você quer e o medo que eu tenho de ser exatamente o que você quer.
Eu chorei porque precisava de colo, porque precisava te mostrar a minha fragilidade escondida no meu mau-humor. Eu chorei de birra do meu lado homem.
Eu chorei porque vez ou outra ele ainda bate na minha porta e eu o deixo entrar, e eu sei que isso é medo do tanto que você habita todos os lugares.
Eu chorei porque eu te amo mas eu não sei amar. Eu chorei porque eu sempre canso de tudo e tudo sempre cansa de mim. Chorei de cansaço profundo de sempre cansar de tudo e tudo sempre cansar de mim. Chorei de apego ao cheiro do novo e principalmente de melancolia pelo cheiro do velho. E chorei porque tudo envelhece com novos cheiros e a vida nunca volta. Eu chorei de pavor da rotina, de pavor do fim, de pavor de sair da rotina e começar outros fins.
Eu chorei meu medo de submissão, o meu medo de vomitar, o meu medo de me mostrar pra você tanto, tanto, e não ter mais o que mostrar. Eu chorei minha infinidade de coisas e o medo de você não querer abrir os mais de um milhão de baús que existem escondidos na caixa cerrada que eu guardo embaixo do meu peito. Eu chorei meu fim e o medo do meu infinito.

domingo, 13 de março de 2011

Cada um sabe o que sente e como sente.


Tem muito sentimento bom dando sopa por aí. Agarre um pela mão e seja feliz .. '

Ai, meu Deus, me deixa viver agora.


Eu preciso morar, dormir e acordar com esse sorriso. Esse sorriso lindo que duraria uma vida se você quisesse. E você não parava de sorrir e apertava os olhos. Grave. Grave! Seus olhos rasgados, me olhando. Seu sorriso de um minuto, dez anos, cinco horas ..

sábado, 12 de março de 2011

saudade dos mil anos que passamos, ou das três semanas.


A loucura de gostar tanto pra tão pouco ou simplesmente a loucura de tanto acabar assim. Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim. Sua ligação depois, quando me encontra. Sua mão estendida. Sua lamentação pela vida como ela é. Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo.

terça-feira, 8 de março de 2011

E eu olho sua foto e fico me perguntando porque diabos nunca nos demos uma chance?


Porque diabos todas as vezes que nos encontramos em algum lugar a gente nunca conseguiu se olhar de verdade? Se olhar no fundo dos olhos?
Talvez porque eu estava preocupada com aquele relacionamento antigo, e esqueci que era capaz de querer você. Esqueci que era você também tinha me feito sorrir um dia, e que eu poderia escolher você para fugir de toda a feiúra do mundo. É, eu esqueci você, eu esqueci a gente pra viver algo que nem eu mesma entendo.
Mas você, bem, você sempre esteve me ligando o tempo todo. Mesmo quando você estava com outra, mesmo quando eu te dizia 'Pará de me ligar'. Você me ligava de manhã em todos os meus aniversários, me ligava nas noites de 24 de Julho só pra comemorar a falta que a gente se fazia um pro outro desde que nos conhecemos. Falta poucos dias pro nosso aniversário, e eu nem sei porque eu ainda atendo seus telefones, nem sei porque eu esculto voce, eu não sei. Você nunca foi inspiração de nenhum texto meu, de nada, eu nunca falei de você . Eu ignorava você até o meu ultimo fio de cabelo. Até hoje, até eu achar a foto velha...
Eu gostava mesmo de você, mas insisti em algo que eu amava. Eu realmente amava tudo aquilo. E você era só o gostar, era só o cara que não me esquecia, era o cara que me via como uma mulher não como menina. Era isso, eu gostava de você, de ouvir você, mas não era amor. Ai o tempo, o Senhor tempo passou ... e hoje, eu acho que você realmente merecia ter tido uma chance, você realmente merecia ter sido a fonte de companheirismo dos últimos anos. É, a gente não viveu nem metade do que merecíamos. Mas agora é tarde pra tentarmos nos conectar de novo, porque eu to sozinha, você ta sozinho, mas nós amamos a liberdade, nós dois nos acostumamos a sentir falta de algo que nunca tivemos: porque eu nunca tive você, e eu nunca fui sua. A gente ama sofrer um pelo outro, a gente ama conversar só pra comemorar mais um tempo separados. E é assim que a gente vai seguir até alguém de nós tomar vergonha na cara e se assumir, ou simplesmente só sumir. Ou eu, ou você tem que sumir. A gente não começou nada e nem acabou nada, mas então porque a gente insiste em comemorar algo? É, falta. É falta do que fazer. É falta de ligar pra outro alguém.

Mas viver junto é o certo, certo? Certo.




Porque amor é tudo o que todo mundo procura. Amor tem a função impossível de preencher os buracos que já nasceram vazios, amor tem a obrigação de curar traumas de infância, de ser mais importante do que as realizações pessoais, do que o nosso egoísmo que poderia nos alavancar pra frente, amor tem o desejo quase burro, quase louco de tapar com outras as nossas saídas respiratórias, porque amor enche tudo, amor cobre tudo, amor não te deixa respirar, nem andar em dois pés, nem ver a vida com os dois olhos que nasceram no seu rosto, num único par.
(..) Não vou maltratar o amor, porque o amor move tudo, o amor resolve tudo, o amor luta as lutas que eu não tenho coragem de lutar, o amor faz retratos tão bonitos e escreve poesias incríveis, o amor me dá material há anos para falar só dele, em tantas frases diferentes, sempre ele, como um mantra, e mesmo só me repetindo há anos, o amor faz parecer tudo novo, porque todo mundo continua na busca, no desespero, na corrida, na largada, no final do túnel, na outra metade da laranja, segurando a tampa de uma panela, do outro lado do telefone, o amor continua, o amor corre, corre, corre, o amor nunca chega, mas ele também nunca vai embora porque ele é onipresente e todo mundo deseja, almeja, reza tanto o amor o tempo todo. O amor é o Deus sem igreja, o amor tem diversos demônios em si, ciúme, traição, amor doença, amor dor.
Ruim ou bom, longo ou curto, todo mundo precisa ou pensa que precisa de amor. E como o instinto é mais rápido que a razão, eu vou continuar entupindo minhas vias respiratórias de tudo o que tenha aquele cheiro, aquele gosto, aquela textura dele, do meu amor.

Seu jeito de zombar de mim com coisas bobas, me deixa boba.


É uma saudade que aperta, machuca, comprime o estômago, e que me faz sonhar. Suas qualidades anulam seus alguns defeitos, ainda que até seus defeitos me soem bem. É tudo tão claro, tão vivo. E a gente às vezes ainda se esbarra, ainda que não fisicamente, mas a gente se esbarra. Você me fala da idealização da sua vidinha, e eu te falo da minha vidinha idealizada. Eu tento falar de outras coisas, você também, e quando a gente vai ver, você me diz sobre saudade. Você finge não saber, e eu finjo não me importar. E ainda que em silêncio, ainda fazemos muito barulho. Sua foto antiga, com aquele sorriso mais lindo de todo o mundo, no cantinho esquerdo, me faz cada vez mais não saber o que dizer. Dou uma de louca, e sorrio para a sua foto, converso com ela e digo tudo o que precisava te dizer. Então te digito umas meia dúzia de palavras, de quem só consegue falar desse amor com uma foto. Você mal entende, e eu sempre deixo quase transparente que, se você quiser, eu ainda te espero pra sempre. E bastaria uma meia palavra, pra toda essa saudade ficar apenas num texto, pra você vir pro meu lado, pra gente rir de um textinho de uma saudadezinha que me matava, pra você me olhar e dizer que ela não mais vai existir, pra você ser meu e compreender que eu vou ser sua pra sempre.

domingo, 6 de março de 2011

Sinto sua falta a cada momento e nela vou conhecendo você melhor,


seu jeito de ser está ampliado, seus defeitos parecem mais nítidos, suas qualidades ganharam mais cores e tudo em você ficou mais visível, mostrando até que seu espaço vazio me revira do avesso e que meu avesso me coloca de frente para você .


' e essa saudade que não cabe mais em mim ,

Dougg s2

Outro dia me peguei pensando que entre dobrar aquela esquininha da sua rua e ganhar na mega-sena acumulada, eu preferia a esquininha.


A esquininha que você dobrou quando saiu da casa dos seus pais, a esquininha que você dobrou chorando, porque é mesmo o cúmulo alguém não te amar. A esquininha que você dobrou a vida inteira, indo para a faculdade, para a casa dos seus amigos, para a praia. Eu amo a sua esquininha, eu amo a sua vida e eu amo tudo o que é seu.
Amo você, mesmo sem você me amar. Amo seus rompantes em me devorar com os olhos e amo o nada que sempre vem depois disso. Amo seu nada, apenas porque o seu nada também é seu. Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz. Deixo você se virando sozinho, se dobrando sozinho. Virando e dobrando a sua esquininha. Afinal, por ela você também passou quando não me quis mais, quando não quis mais a minha mão pequena querendo ser embalsamada eternamente ao seu lado.

Lá está ela, mais uma vez.


Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo, gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça.. ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda.'