Alguém me ensina a não repetir centenas de vezes a mesma cena na cabeça? E não fazer dessas lembranças o meu maior martírio? Porque dói, dói muito pensar que há pouco tempo eu estive inteira com ele e o deixei partir, assim, sem insistir, sem nem um “fica mais um pouco?”. É possível não sentir esses arrepios ao lembrar-me do toque, do cheiro, do beijo dele? Ah, eu daria tanta coisa para que aquele anjo estivesse aqui comigo agora, hoje, amanhã, sempre. Eu daria tudo pra vê-lo sorrir mais uma vez pra mim, mas quando estou com ele fico tão pequena, entrego-lhe o que ainda me resta, ele vai embora e eu fico aqui, me sentindo incompleta, me sentindo um nada, sobrevivendo apenas de migalhas da minha memória.
sábado, 31 de março de 2012
Alguém me ensina a pensar menos nele ?
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Caio Fernando Abreu.
Não sou, nunca fui e não quero ser santa .
Me recuso, entretanto, a fazer parte do mal, independente do que mal seja . Vou continuar falando palavrão, me apaixonando e enchendo a casa de corações de papel, maltratando minha mãe às vezes e depois me sentindo escrota e injusta, ainda vou fazer muitos amigos errados, vou viajar quilômetros por amor aos meus irmãos, aos meus amores . Vou ser assim porque, na verdade, eu já sou tudo isso . Tá tudo errado e tá tudo certo . Tá tudo mudando e tá tudo bem . No final da vida, como eu já disse outras vezes, quero ter um colar de pérolas minhas pra mostrar pros meus netos e, olha só, às vezes eu quero tê-los (os netos), outras não . Daqui há pouco tudo muda, mas eu ainda vou querer estar com você porque, é fato, você me mudou .
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Rani Ghazzaoui
Ex namorado que acha que é importante na minha vida só porque teve a honra de ter um relacionamento sério comigo:
O cara que eu fiquei numa boate e nem lembro o nome é mais importante que você.
Conviva com isso.
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Marcella Fernanda
Eu não tenho o direito de achar que meu coração tem duzentos e cinquenta e cinco cicatrizes,
Porque o amor é uma faca afiada que corta . Vamos jogar aberto . A culpa é minha . Eu dei meu coração . Eu inventei um amor . Eu criei expectativas . Então, com sua licença . A culpa é minha . Minha culpa . Minha feia culpa que é minha e de mais ninguém . Minha culpa de sete pontas . Minha culpa que me faz olhar a vida e me sentir personagem principal de uma página triste . E não é só triste . É uma culpa boa . Porque também me faz exercitar um sentimento maior - e mais brilhante que o mundo : o perdão . Se eu pudesse escolher um verbo hoje, eu escolheria perdoar . Assim, conjugado na primeira pessoa, com objeto direto e ponto final : eu me perdôo . Não, eu não te perdôo porque não tenho porque te perdoar . Você não fez nada . Tenho que perdoar a mim . A mim, que me ferrei . Me iludi . Me fodi . Me refiz . Me encantei . A culpa é minha . Minhas e das minhas expectativas . Minha e do meu coração lerdo . Minha e da minha imaginação pra lá de maluca . Então, com sua licença, deixe eu e minha culpa em paz . Eu e meu delicioso perdão por mim mesma . Eu só te peço uma coisa . Pare de culpar a vida . Pare de ter pena de você . Se assuma . Se aceite . Se culpe . Se estrepe . Se mate . Mas se perdoe . Pelo amor de Deus, se perdoe . Somos todos culpados, se quisermos . Somos todos felizes, se deixarmos .
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Fernanda Mello
Vou que minha vida me chama,
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Rani Ghazzaoui
sábado, 17 de março de 2012
Enquanto você tenta provar para seus amigos como é forte, ela está lá com aquele sorriso incrível estampado no rosto que costumava ser só seu.
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Isabela Freitas
Sempre achei que esse amor era coisa de quem não tinha nada melhor para fazer.
Eu só o sentia porque estava infeliz naquela vida pacata. Só por isso. Resolvi então agitar a vida pacata. E comecei a sair mais de casa, enxergar as pessoas ao meu redor, mais viagens, mais baladas. Amor é coisa de gente pacata e agora que eu tinha uma vida agitada, poderia, finalmente, mandar esse amor embora. Tchau, coisinha besta.
Nada feito. Só piorou. Acordava e ia dormir com ele engasgado aqui. Ficava inconformada. Mas aí concluí: amor é coisa de quem tem tempo pra pensar nele. Claro, mesmo com a semana agitada entre faculdade e trabalho, eu fico em casa o fim de semana todo, alegando cansaço, no silêncio das minhas coisas, claro que acabo pensando besteira. Aquele papo de mente desocupada casa do diabo, sabe? Amor do diabo. Fui procurar Jesus.
Depois de dez passes e de ler todo o Evangelho Espírita, achei que ficaria tudo bem. Ficou nada. Eu só parei de sonhar que botava fogo no apartamento do ser amado ou que arrancava os olhos de todas as mulheres do mundo. Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lá. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava.
Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando o visual, esse amor não se mudava de mim? Nada feito. Cabelo novo, roupas novas, sapatos novos, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não?
Ah, que que é isso! Amor deve passar com um novo amor, não? Olha lá aquele menino bonito te olhando, o outro que escreve bonito, o outro que te faz rir um monte, tem também aquele ali, com mão firme. Nada. Nenhum deles foi capaz de me salvar, de substituir minhas células cansadas em sentir sempre a mesma coisa. Nenhum foi capaz, nem por um segundo, de me levar para passear em outros tormentos. Ou outras alegrias. Qualquer outra coisa que seja.
Aí veio a idéia brilhante. Será que se eu mergulhasse de cabeça na estupidez desse amor, não me curava? Será que se eu, por um minuto apenas, parasse de sentir tudo isso de dentro da grandiosidade que eu inventei para tudo isso e enxergasse de perto como tudo é tosco e pequeno, eu não me curava? Só piorou. De frente para ele e suas constatações tão absurdas a respeito de tudo, só consigo sentir ainda mais amor. E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão… Adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento.
Mas esse amor, ah, esse amor é coisa de quem não ama a própria vida. Se um dia, um dia eu pudesse realmente ser uma Jornalista. Ou até, nossa, se eu pudesse trabalhar na televisão sabe? Esse amor iria embora, claro. Nada feito. Estou aqui graças a minha maior qualidade: a fé. Sim, isso só não funciona pro amor, mas pra todo resto na minha vida acreditar sempre funcionou. Tudo certo com a minha vida. Ou quase tudo certo. Ainda sinto esse amor ridículo. Essa coisa infernal que me vence todos os dias, todos os minutos. Quantos bons contatos me admiram e me elogiam. Ainda bem que alguém além de mim acredita em mim. É tanta coisa boa acontecendo, tanta gente boa se aproximando que tá na hora de acordar. Enxergar. Receber.
Taí. Tá bom. O amor venceu. Você venceu. Venceu. Venceu. Venceu. E eu acabo de descobrir, simples assim, a única maneira de me livrar desse sentimento: aceitando ele, parando de querer ganhar dele. Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso eu deixo de ser feliz ou viver minha vida. Foda-se esse amor. E foda-se você.
Nada feito. Só piorou. Acordava e ia dormir com ele engasgado aqui. Ficava inconformada. Mas aí concluí: amor é coisa de quem tem tempo pra pensar nele. Claro, mesmo com a semana agitada entre faculdade e trabalho, eu fico em casa o fim de semana todo, alegando cansaço, no silêncio das minhas coisas, claro que acabo pensando besteira. Aquele papo de mente desocupada casa do diabo, sabe? Amor do diabo. Fui procurar Jesus.
Depois de dez passes e de ler todo o Evangelho Espírita, achei que ficaria tudo bem. Ficou nada. Eu só parei de sonhar que botava fogo no apartamento do ser amado ou que arrancava os olhos de todas as mulheres do mundo. Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lá. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava.
Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando o visual, esse amor não se mudava de mim? Nada feito. Cabelo novo, roupas novas, sapatos novos, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não?
Ah, que que é isso! Amor deve passar com um novo amor, não? Olha lá aquele menino bonito te olhando, o outro que escreve bonito, o outro que te faz rir um monte, tem também aquele ali, com mão firme. Nada. Nenhum deles foi capaz de me salvar, de substituir minhas células cansadas em sentir sempre a mesma coisa. Nenhum foi capaz, nem por um segundo, de me levar para passear em outros tormentos. Ou outras alegrias. Qualquer outra coisa que seja.
Aí veio a idéia brilhante. Será que se eu mergulhasse de cabeça na estupidez desse amor, não me curava? Será que se eu, por um minuto apenas, parasse de sentir tudo isso de dentro da grandiosidade que eu inventei para tudo isso e enxergasse de perto como tudo é tosco e pequeno, eu não me curava? Só piorou. De frente para ele e suas constatações tão absurdas a respeito de tudo, só consigo sentir ainda mais amor. E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão… Adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento.
Mas esse amor, ah, esse amor é coisa de quem não ama a própria vida. Se um dia, um dia eu pudesse realmente ser uma Jornalista. Ou até, nossa, se eu pudesse trabalhar na televisão sabe? Esse amor iria embora, claro. Nada feito. Estou aqui graças a minha maior qualidade: a fé. Sim, isso só não funciona pro amor, mas pra todo resto na minha vida acreditar sempre funcionou. Tudo certo com a minha vida. Ou quase tudo certo. Ainda sinto esse amor ridículo. Essa coisa infernal que me vence todos os dias, todos os minutos. Quantos bons contatos me admiram e me elogiam. Ainda bem que alguém além de mim acredita em mim. É tanta coisa boa acontecendo, tanta gente boa se aproximando que tá na hora de acordar. Enxergar. Receber.
Taí. Tá bom. O amor venceu. Você venceu. Venceu. Venceu. Venceu. E eu acabo de descobrir, simples assim, a única maneira de me livrar desse sentimento: aceitando ele, parando de querer ganhar dele. Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso eu deixo de ser feliz ou viver minha vida. Foda-se esse amor. E foda-se você.
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Tati Bernardi
"Namorar, casar, estar junto, mas nunca a qualquer preço.
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Antonio Roberto Soares
É a pior morte, a do amor.
Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona. A morte de um amor, ao contrário, é viva. O rompimento mantém todos respirando: eu, você, a dor, a saudade, a mágoa, o desprezo - tudo segue. E ao mesmo tempo não existe mais o que existia antes.
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Martha Medeiros
Eu sempre dei muito valor a ele.
Porque ele era sincero, diferente. Sempre passei por cima de muitas coisas porque, apesar dos vacilos, ele era especial. Até o dia em que eu entendi que eu também era incrível e que se alguém teria que ter medo de perder entre nós, definitivamente não era eu. Foi aí que eu parei de engolir desculpas nunca acompanhadas de arrependimento. Foi aí que eu abri a porta e deixei ele ir. Quer liberdade? Boa sorte. Quando voltar e outro cara te atender, não sei, fica feliz por mim e tenta ser livre!
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Marcella Fernanda
É quando a gente está junto com um monte de gente, que percebemos o quanto sentimos falta de alguém.
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Desconhecido
Tabatha levanta da cama, toma café e procura uma roupa qualquer, enquanto fala no telefone, atrasada.
Atrasada pro trabalho e pra alguma coisa, que ela não sabe o que. Trânsito de sempre, impaciência de sempre, música pra tentar relaxar. Ela tava com sono e cansada, em todos os sentidos possíveis. Que comece mais um dia normal, banal. Estressada, mas sorrindo por qualquer coisa, até o fim do expediente. Na volta, trânsito de sempre, impaciência de sempre, sensação de ter esquecido algo. Talvez no escritório, talvez em alguém. Chega em casa e se joga no sofá. O telefone toca, é sexta-feira. "-E aí amiga, já chegou?? Tô passando aí em uma hora, se arruma e me espera, tô super animada!" 'Animada pra que?' era o que ela pensava, respondeu "-Pode deixar! Amiga, falei com o Diego ontem. Ele disse que se arrepende todo dia de ter deixado eu ir embora e que eu sou especial, essas coisas. Sei lá, não tive recaída sabe, mas é tão bom ouvir isso." Era sexta-feira, dia obrigatório de ser "feliz", a amiga não deu muita importância e tratou de apressá-la "Ah, que baixo astral hein! Ex bom é ex-trangulado gata. Não sei pra que você insiste em dar atenção pra esses idiotas, carência é uma coisa! Já ta pronta? Tem dez minutos a menos, tchaaau!" Curta, grossa e certa. Vestido curto, salto alto, maquiagem carregada, perfume forte e, ainda assim, dava pra ver a menina assustada travestida de mulherão. Chegando lá, música boa, pessoas chatas. Mesmos carinhas, mesmos papinhos, mesmas piadinhas, mesma pergunta em mente 'O que eu vim fazer aqui?'. Essa música é ótima, mas enquanto ela dança chega um rapaz com a conversa mais furada do mundo, pra variar. Fingindo interesse pela história dela, enquanto só pensa na melhor maneira de tirar aquele vestido. Ela vai pro bar, ao encontro da amiga, que estava bem à vontade, rindo e cercada de idiotas, que deviam estar pagando o quinto ou sexto drink pra ela. A amiga, já com o batom borrado e ainda tentando se fazer de difícil, brincou "Garota, cada dia seu vestido tá mais curto, suas sombras mais pesadas. Onde você quer chegar, hein?" Sem hesitar "-Queria chegar na resposta pra essa pergunta. Mas eu não sei mais onde ir, o que fazer, o que sentir. Só sei que tô cansada de sentir as coisas a flor da pele e depois ter que trasbordar tudo isso pelos olhos, poros. Tô cansada de pedir vodka e só vir com gelo e nada de paz. Tô cansada de ouvir palavras vazias, pessoas vazias, desculpas vazias. Talvez eu seja inteira demais pra essa boate, essa cidade, esse mundo. Encurtei o vestido, porque não é isso que importa? Pernas, bundas e peitos. De que vale coração hoje em dia? Vocês nem sabem usar, acham que é brinquedo e eu já conheço o final desse filme. Quero trocar de cena, personagem, roteiro. Só isso." A amiga, confusa, alcoolizada e sem fazer questão de entender, riu "- Já tá bêbada, né!" e foi dançar com o cara forte de blusa rosa. E ela sussurrou "-Quem dera. Tô sempre sóbria demais. Esse é meu problema.". Enquanto os caras olhavam como quem escolhe carne num açougue, ela bebeu mais vodka, ficou mais sóbria e foi embora com o salto na mão, o equilíbrio na bolsa e o amor-próprio escorrendo junto ao rímel. Ela não precisava de um lugar cheio de homens simples e mulheres problemáticas, encurtando os vestidos e pesando na maquiagem. Ela não precisava puxar assunto com o ex, pra ouvir o quanto ele se arrependeu de tê-la perdido e o quanto ela é especial. Ela só precisa de alguém que ela não precisasse, novo em folha, que nunca tenha sentido o peso que ela nem sempre consegue disfarçar. Uns carinhos que não acabem em dor. Alguém que arranque sorrisos e não lágrimas. Precisa de alguém que entre na vida dela e que fique. Não por pressão, obrigação, cobranças ou sufocação. Que fique só porque o sorriso dela dá paz e é disso que todo mundo precisa.
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Marcella Fernanda
terça-feira, 13 de março de 2012
Quando você passa a se amar,
a se priorizar e a se valorizar as coisas se tornam tão mais simples e menos dolorosas. Ele disse que ia ligar mas não ligou? Que pena pra ele, perdeu a oportunidade de sair comigo. Ele jurou amor eterno mas traiu? Que pena pra ele, perdeu a oportunidade de ter alguém como eu. Ele preferiu jogar bola do que sair em casal? Que pena pra ele, perdeu a oportunidade de ficar comigo. Viu? É simples e não dói, porque ele é quem tá perdendo, não você.
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Teca Florencio
Tem muita mulher que come bosta né ?
Pra ter tanta merda assim na cabeça, é a única explicação. Se você não sabe interpretar e é uma anta no português, não julgue NADA que você leia por ai, porque provavelmente você interpretou errado! Postaram um texto meu em uma página, o texto que fala sobre mulheres fodas, que ficam com esse papinho idiota que não amam ninguém e blablabla. Ai fui ler o comentário, algumas desprovidas de massa cerebral falando que não concordam com o texto, porque sofrer por um mesmo cara é burrice. Bom, pra quem mais não entendeu, o texto não fala isso. Fala que é ridiculo essas mulheres ficarem jurando pra todo mundo que não amam ninguém, e que não vão amar porque são fodas. Isso pra mim não é ser foda, é ser covarde! Ser foda é você se arriscar mesmo sabendo que pode partir seu coração de novo no final. Ser foda é você assumir que ama, mesmo que amar essa pessoa parta seu coração, mas isso não te faz burra, te faz um ser humano. Você seria burra se aceitasse ficar nessa situação, amando alguém que não merece, isso é ser burra. E mais burra ainda, é quem não sabe interpretar o que lê e ainda assim achar que tá abalando julgando uma coisa que nem entendeu.
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Teca Florencio
sábado, 3 de março de 2012
E essa saudade que eu sinto de você é só uma sensação desanimada,
uma coisa inanimada, um jeito meio cruel de ficar no passado olhando as páginas amarelecidas do diário da viagem perdida…E ainda, aquela resistência em olhar as fotos, porque havia uma alegria congelada nelas, e nós nunca compramos um porta-retrato… essa saudade que eu sinto às vezes é vazia, não tem você dentro dela, é uma fantasia, uma vontade inútil de esquecer que fui tão feliz um dia. Essa saudade é alguma emoção mal-criada, tudo que eu não queria reviver neste dia…Na noite sem sonho, vadia.
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Marla Queiroz
Passou o dia pensativa juntando coragem na saliva até encorpar a voz.
Aproveitou o ápice da sua agonia e, num impulso, disse tudo numa sensação só:
“A partir de hoje, não sou mais tua mulher, decidi gostar de outro”.
No início ele riu da ousadia, mas o silêncio que ela fez em seguida preencheu
de sinceridade aquela novidade.
“Você ficou maluca, de onde tirou isso?”
“É que você nunca gostou de mim no grosso mesmo do sentimento.. sempre foi essa coisinha aguada e mal-cuidada, água parada esperando doenças..”
“Mas ninguém decide que vai gostar de outro de repente e, simplesmente, começa a gostar!”
“Ah, mas eu decidi.. Ele vai realizar um sonho que tenho comigo desde menina: ele disse que vai gostar de mim bem do jeitinho que eu gosto de você. A diferença, é que eu sei merecer essas coisas…
“A partir de hoje, não sou mais tua mulher, decidi gostar de outro”.
No início ele riu da ousadia, mas o silêncio que ela fez em seguida preencheu
de sinceridade aquela novidade.
“Você ficou maluca, de onde tirou isso?”
“É que você nunca gostou de mim no grosso mesmo do sentimento.. sempre foi essa coisinha aguada e mal-cuidada, água parada esperando doenças..”
“Mas ninguém decide que vai gostar de outro de repente e, simplesmente, começa a gostar!”
“Ah, mas eu decidi.. Ele vai realizar um sonho que tenho comigo desde menina: ele disse que vai gostar de mim bem do jeitinho que eu gosto de você. A diferença, é que eu sei merecer essas coisas…
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Marla Queiroz
Passei um tempo tão longo lustrando aquela falta com tanto olhar que perdi de vista a luz do que eu tinha.
Ao me aproximar de novo, interessada, de cada presente, comecei a redescobrir tesouros esquecidos, um a um. Coisas simples, muito simples, e pra lá de valiosas, que o sentimento de míngua tem vez que afeta a percepção das preciosidades existentes. Ao me aproximar de novo, interessada, de cada presente, o que faltava continuou a faltar do mesmo jeito sincero, mas meu olhar já era bem diferente.
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Ana Jácomo
Você me pediu perdão como se pudéssemos remover com uma borracha nosso pequeno e trágico passado.
Mas eu te perdoei porque não consigo gastar um átimo de segundo da minha existência guardando qualquer sentimento por você. E para te perdoar, precisei perdoar também a mim mesma pela armadilha que criei quando eu estava triste e desorientada demais para achar que você pudesse me dar qualquer tipo de direção e desabei nos seus braços e me deixei levar pelas suas mentiras caudalosas. E você, com sua personalidade nociva e perversa, e por viver tão afundando na ignorância de ser quem é ainda pensou que ser perdoado era um passaporte para qualquer tipo de aproximação. Não. Agora eu tenho sanidade para fazer escolhas certas e não estou mais frágil como antes. O que você me causou e as consequências graves que tive que administrar sozinha, por causa da sua covardia, me fortaleceram de tal forma, que o meu horizonte interno se ampliou no peito e nos olhos e o meu tamanho teve que ser aumentando para comportar tantos aprendizados. Por isso, a pessoa que consegue te perdoar hoje, não é a mesma que você feriu com toda crueldade que eu não sabia ser possível num ser humano considerado socialmente normal. O mal que você tem feito a si mesmo, não é mais problema meu e a minha presença seria um presente dado a alguém que não tem a menor condição de receber o que é bom. Eu poderia ter ajudado você a se lapidar com a minha predisposição para o amor. Mas você, acostumado a viver na escuridão, não soube suportar a minha luz.
Espero que encontre alguma paz se algum dia conseguir e quiser viver dentro da honestidade.
Espero que encontre alguma paz se algum dia conseguir e quiser viver dentro da honestidade.
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Marla Queiroz
Com o tempo, você analisa que abrir mão de algo muito importante, só se faz quando se tem um motivo maior que esse algo:
seja um propósito, uma crença, um valor íntimo, uma obstinação qualquer que te oriente para essa escolha que já se sabia tão dolorosa. É um sacrifício voluntário por algo mais pleno, mais grandioso em Beleza. E, nestas análises, você descobre outras perdas que são positiva ... perde-se também a ansiedade, a insegurança e a ilusão. E você aprende a recomeçar agradecendo por vitórias tão pequenininhas …
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Marla Queiroz
Seja pelo que for, voltei e arrasei.
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Tati Bernardi
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