
Quem diria que um dia eu seria tão feliz a ponto de não contar ou reduzir sensações a palavras? Mas é isso, sou feliz com você. Sem esforço e mesmo sendo, muitas vezes, bem infeliz. Sou feliz.
Daqui, deitada nesse ângulo quase indecente, vejo você, safado, acender seu cigarro de domingo e me olhar sabendo que, inexplicavelmente, justo eu, te aceito seja lá como for. Você, idem. Não fomos fáceis a nada e nem a ninguém, mas cá estamos. Sem a comemoração deslumbrada e terrivelmente curta do amor e por isso mesmo podendo celebrar o pouco cabível de cada instante. E por isso mesmo, vai ver, amando. Sabemos tanto que é amor que nem parece aquele coisa que dizem: amor. A-m-o-r. Ah, deve ser .
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