domingo, 7 de agosto de 2011

Enquanto digo coisas sem parar,

enquanto mantenho minha fama de nem aí, por dentro da minha cabeça estou sempre correndo atrás de qualquer lugar que só existe porque lá está você . Mas aí você pergunta se pode dar um tempo segurando minha mão, como naquela música velha, qual ?, aquela dos Beatles, você diz . E fica ali mensurando meus dedos, querendo saber significados de anéis, alisando palmas com o indicador, se fazendo de bobo como se soubesse ler nelas minha vontade de te ver amanhã, de novo - e eu vertendo um medo gelado e patético pelos poros . Odeio você quando tem de repente essas atitudes estúpidas e bonitinhas e diferentes dos outros . Eu me sentia bem melhor sem esperar nada da tela colorida do meu telefone .

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