Você é meu único laço, cordão umbilical, ponte entre o aqui de dentro e o lá de fora. Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou. Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê. E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio (...) Uma fruta mordida apodrecendo em silêncio no quarto.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Você vai me abandonar e eu nada posso fazer para impedir.
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Caio Fernando Abreu
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