quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Tudo passou, como na vida tudo passa.

Ela deu seu grito de liberdade, saiu da casa, mudou a vida, nunca mais olhou pra trás. Mas vez ou outra, eu sei que ambos lembram não do que aconteceu no final de tudo, mas de tudo o que aconteceu enquanto o mundo todo não importava e nada era mais importante do que chamar um ao outro pelo apelido carinhoso que ninguém mais tinha, só eles. Lembranças são pra vida toda, assim como cicatrizes. O grande lance é que atrás de uma cicatriz, sempre há uma história que, embora dolorida, não precisa ser necessariamente toda ruim.
Hoje lembrei dele, lembrei dela e lembrei da gente naquele começo, naquele meio e, por incrível que parece, não lembrei do fim pela primeira vez. Chorei um pouco, pela primeira vez depois de meses. Sete. Mas sorri depois porque percebi que lembrar de você e sorrir te classifica, de agora em diante e pra sempre, como lembrança, nunca mais como presente. E no passado – porque eu posso selecionar – é impossível que você me machuque, pelo menos não de novo.
Não te quero no meu presente, tampouco no meu futuro e não sinto sua falta, de verdade. Mas fico feliz de perceber que lembrar de você, no passado, me faz sorrir já que naquele tempo que agora não nos pertence mais, ela chorou demais por você… e por mim.
Você que um dia foi minha vida, hoje na minha é, finalmente, só uma lembrança. E eu, agora, posso virar a página porque finalmente estou pronta pra amar de novo. Próximo.

Um comentário:

  1. Meu Deus como eu queria dizer que ele só faz parte do meu passado.' Lindo post .

    beiiijos.

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