segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mas amor é isso, não é?

É ter todos os motivos pra ir embora, e só com um motivo pra ficar, a gente fica. É insistir com mil motivos pra desistir. E a gente insistia. A gente brigava, jurava ódio eterno e 5 minutos depois já tava se ligando querendo se ver. Um louco pelo outro, no meio de toda essa loucura. Ninguém entendia. Mas a verdade é que a gente não fazia questão de entender. Até porque, q
uem entende o amor? A gente sente e ponto final. E de ponto final a gente entendia, vivíamos querendo colocar um entre nós dois. Mas não dava, praticamente impossível. O ponto final sempre acabava virando uma desculpa pra escrever novos parágrafos. A história nunca chegava ao fim. E quer saber, talvez não tenha fim. Mesmo que os anos passem, mesmo que a vida finalmente consiga nos separar, eu não tenho dúvida que todos os dias ele vai andar pela rua me procurando. E eu não tenho duvida que cada cara mais velho de cabelo castanho virado de costas que eu ver vai fazer meu coração disparar pela possibilidade de ser ele. A gente sabe que vai ser assim e aceita – até gosta. No meio de um mundo sem amor, ser amado e amar alguém sem tempo marcado pra acabar é artigo de luxo. E sei lá, existem coisas que simplesmente são eternas, mesmo que a gente jure que não acredita nesse lance de pra sempre. Algumas histórias são traçadas com linhas tortas, outras com linhas retas, mas tem aquelas, tipo a minha e a dele, que são traçadas com o símbolo do infinito – vem com curvas e linhas cruzadas, mas nunca, nunca tem fim.

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