Queria desmentir esse boato. Uma mulher domina a arte do cinismo como ninguém. Talvez nós sejamos os seres mais manipuladores e calculistas da face da Terra, eu admito. Mulher é a pessoa que, logo depois do primeiro encontro ou até antes, já arquiteta toda a continuidade e o fim daquilo. Não se engana, não! Mulher quando quer terminar, não se abre a argumentação ou possibilidades. Quando não, usa psicologia inversa, faz cena, usa técnicas desconhecidas e até outras pessoas pra conseguir o que quer. A gente sabe como ser má e sabe muito bem, pior: Sabe quando ser, uma privilégio quase que exclusivamente feminino. A gente divide os homens em diversos tipos, “Pra namorar”, “Pra ficar”, “Pra fugir”... e muitos subtipos também, só na categoria “Cafajeste”, já são pra lá de 10 subdivisões. A gente sabe bem quando o cara é problema, encrenca ou solução. E a escolha é livre, sem essa de enganação. A tendência ao caminho mais difícil é natural, eu gosto de explicar assim: Homem não tem instinto de sexo? E é só por isso que eles, coitados, sempre traem, mentem, colecionam e tudo mais. Pois bem, nosso extinto é solucionar, curar, provar o contrário. E o carinha-problema é um desafio explícito, inquestionavelmente mais interessante. Se acaba em dor, tudo bem, não poderia ser mais familiar. Assumir o papel de vítima é só mais uma técnica milenar, que a gente aprende assim que nasce. Essa sina de se apaixonar pela dor, pelo sofrimento, pela tortura masoquista, quase nunca pelo carinha em si. Um ciclo um tanto quanto doentio, muito viciante. Se começa a dar certo, alguma coisa tá muito errada. Drama e desconfiança são duas coisas que a gente aprimora todos os dias, não dá nem pra competir, é natural como respirar. E chega um momento na vida, que de tanto repassar os textos, nós esquecemos a encenação e acreditamos, realmente, ser pobres coitadas. Longe disso! Eu tô aqui pra dizer que nenhuma mulher é a “namoradinha que o fulano não deu valor, tadinha”. Toda mulher é mais que isso, é o que sobrou disso, é o depois. É o plano de vingança, elaborado detalhadamente, por anos. É acabar sendo feliz, por acidente, e destruir o ex namorado com o mais sincero sorriso do mundo, sem querer. Mulher é quem arruma motivos por anos, pra continuar na zona confortável de sofrimento por um cara sem graça, só pra não ficar entediada. E depois passar por ele rindo, achando até meio patético, sem acreditar no quanto sofreu por aquilo. Escravas do amor, do impulso, essa gente desequilibrada que ás vezes joga, outras vezes se joga. E encontra a liberdade quando descobre que vítimas, no fim das contas, são os coitados dos homens. Mulher é superação, eloquência, sedução. Nada de mocinha indefesa: Mulher é bandida, por acidente ou de propósito.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Quem foi que disse que mulher não sabe usar?
Queria desmentir esse boato. Uma mulher domina a arte do cinismo como ninguém. Talvez nós sejamos os seres mais manipuladores e calculistas da face da Terra, eu admito. Mulher é a pessoa que, logo depois do primeiro encontro ou até antes, já arquiteta toda a continuidade e o fim daquilo. Não se engana, não! Mulher quando quer terminar, não se abre a argumentação ou possibilidades. Quando não, usa psicologia inversa, faz cena, usa técnicas desconhecidas e até outras pessoas pra conseguir o que quer. A gente sabe como ser má e sabe muito bem, pior: Sabe quando ser, uma privilégio quase que exclusivamente feminino. A gente divide os homens em diversos tipos, “Pra namorar”, “Pra ficar”, “Pra fugir”... e muitos subtipos também, só na categoria “Cafajeste”, já são pra lá de 10 subdivisões. A gente sabe bem quando o cara é problema, encrenca ou solução. E a escolha é livre, sem essa de enganação. A tendência ao caminho mais difícil é natural, eu gosto de explicar assim: Homem não tem instinto de sexo? E é só por isso que eles, coitados, sempre traem, mentem, colecionam e tudo mais. Pois bem, nosso extinto é solucionar, curar, provar o contrário. E o carinha-problema é um desafio explícito, inquestionavelmente mais interessante. Se acaba em dor, tudo bem, não poderia ser mais familiar. Assumir o papel de vítima é só mais uma técnica milenar, que a gente aprende assim que nasce. Essa sina de se apaixonar pela dor, pelo sofrimento, pela tortura masoquista, quase nunca pelo carinha em si. Um ciclo um tanto quanto doentio, muito viciante. Se começa a dar certo, alguma coisa tá muito errada. Drama e desconfiança são duas coisas que a gente aprimora todos os dias, não dá nem pra competir, é natural como respirar. E chega um momento na vida, que de tanto repassar os textos, nós esquecemos a encenação e acreditamos, realmente, ser pobres coitadas. Longe disso! Eu tô aqui pra dizer que nenhuma mulher é a “namoradinha que o fulano não deu valor, tadinha”. Toda mulher é mais que isso, é o que sobrou disso, é o depois. É o plano de vingança, elaborado detalhadamente, por anos. É acabar sendo feliz, por acidente, e destruir o ex namorado com o mais sincero sorriso do mundo, sem querer. Mulher é quem arruma motivos por anos, pra continuar na zona confortável de sofrimento por um cara sem graça, só pra não ficar entediada. E depois passar por ele rindo, achando até meio patético, sem acreditar no quanto sofreu por aquilo. Escravas do amor, do impulso, essa gente desequilibrada que ás vezes joga, outras vezes se joga. E encontra a liberdade quando descobre que vítimas, no fim das contas, são os coitados dos homens. Mulher é superação, eloquência, sedução. Nada de mocinha indefesa: Mulher é bandida, por acidente ou de propósito.
Marcadores:
Marcella Fernanda
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário