sábado, 7 de setembro de 2013
E eu achava que tinha esquecido tudo (tudo!).
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Clarissa Corrêa
A gente nunca sabe quando uma história vai se tornar inesquecível …
Até que ela se torna. Não sou o homem mais bonito, nem o mais inteligente ou rico. Sou simples, sempre fui. Mas se me perguntassem o que de mais valor há no meu mundo, eu diria o nome da mulher que amo. Vou dizer uma coisa com toda a dor do mundo: Um dia todo mundo perde a fé no amor. É triste, mas é a verdade. E sabe por que isso acontece? Porque os seres humanos são ingênuos. Nós acreditamos no amor que queremos acreditar. E por um certo tempo, isso se torna algo lindo, e realmente é. O amor que uma criança sente e acredita é um dos mais bonitos e sinceros do mundo. Mas o problema está nas fantasias. Está nos filmes, nos livros. Está naquele casal extremamente lindo, que se encontrou em um deserto e se olhou pela primeira vez e pensou: “É o amor da minha vida”. Não estou dizendo que é impossível, mas acredito que o amor não está no primeiro olhar ou na primeira conversa, está na segunda, terceira, quarta… décima oitava, quem sabe? O amor aparece quando se acha que ele não vai aparecer. O amor é aquele convidado da festa que sempre se atrasa… Mas chega. A verdade é que ninguém é de ferro. Dói cair na ilusão e se levantar na fantasia. Então a gente se cansa. Então acordar sozinho se torna rotina. Então ser uma pessoa fria quando se trata de sentimentos não é mais uma opção, mas sobrevivência. E a vida já não é mais vivida, ela é apenas uma platéia que observa o tempo passar. A gente se engana com o argumento de que ser sozinho é mais fácil, mais simples. Mas no fundo? A grande real? Ser sozinho uma hora pesa. E então ver casais brigando se torna algo para ser invejado, você olha e pensa “Pelo menos vocês tem alguém para brigar”, isso é insano, mas é o efeito da solidão. Então observar a felicidade alheia se torna uma tortura. Então a gente já não sabe mais o que é felicidade, não sabe a sua cor, cheiro ou gosto. Felicidade se torna uma palavra, apenas uma palavra. E aí está uma das coisas mais tristes da vida: Se conformar com a infelicidade. Se eu pudesse dar um conselho, qualquer um, eu diria: Não se conforme, com nada. Não desista da vida ou de viver. Não desista do amor ou de amar. Não desista, não deixe de acreditar. E, se deixar, procure um motivo para acreditar novamente. Repito mais uma vez: Não sou o homem mais completo do mundo e estou longe de ser, mas amo uma mulher com todo o amor que existe em mim. E isso é uma das coisas que eu mais tenho orgulho de dizer. Por que acreditar no amor quando tudo é dor e decepção? Porque, quando menos se espera, alguém aparece. E eu não estou dizendo de um simples alguém, mas “O alguém”. E então você percebe que uma risada pode se tornar viciante. Então você sente uma sensação gostosa quando suas peles se tocam por acaso, sente um aperto no peito. E então você sente, pela primeira vez, que é possível amar alguém que vai lhe amar com a mesma intensidade do seu amor. E você descobre que a felicidade tem a cor, cheiro e gosto dessa pessoa. A felicidade já não é mais apenas uma palavra, mas um nome e sobrenome. A solidão, quando aparecer, pode ser dividida em partes iguais com alguém. Mas, então, você percebe que não há como existir solidão quando o resultado de um mais um é igual à dois. Ou seria três? A gente nunca sabe quando o amor pode dar frutos… Até que seja preciso colher. E sabe o que você vai ter que pensar quando isso acontecer? "Quanto será que custa um berço?".
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Allax Garcia
Eu nunca fui do tipo decidida, que tem certeza do que quer, essa gente que sabe a profissão desde criança.
Minhas decisões acontecem, mas quando acontecem, são permanentes como se eu soubesse desde os sete anos de idade. Eu gosto de culparmeu signo, ascendente, a lua e todos os astros, uma indecisão e instabilidade que me foram fardadas no alinhamento do sol com a terra, coisas maiores que eu. Talvez por isso eu considere tão importante as raras vezes em que eu tenho certeza de alguma coisa, do que eu sinto, do que eu quero. Poucos entendem e não adiantaria explicar essa viagem astral, mas quando eu falo “Eu quero!”, meu Deus, eu quero de verdade e ninguém tem noção do quanto- nem eu. Afirmação que não se faz da noite pro dia, entende? Não eu, não nos meus dias em corda bamba. Preciso experimentar todas as coisas que eu não quero, pra construir essa certeza. Mas aí é certeza mesmo, tão concreta que pesa. E é por isso que, mesmo com tudo isso, mesmo com esse mapa astral desalinhado, sou muito mais segura da minha vida e bem resolvida do que muita gente pulso firme. Essas pessoas acomodadas em certezas incertas, porque são decididas demais pra se arriscarem em vão. Só que o que é em vão, se tudo vira parte do que eu sou e traça o que eu quero ser? O que é mais em vão do que abrir mão de vida por uma zona de conforto? Eu confesso que não sei lidar quando desconheço aonde eu tô pisando. Mas eu nunca paro de andar e essa é a minha certeza mais sólida. Pode parecer pouco, mas levei a vida inteira pra construir.
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Marcella Fernanda
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