sábado, 16 de novembro de 2013

Saudade é um sentimento muito ingrato. Um tipo de inferno astral.



A gente fica bem por semanas, acredita que tudo passou, aí a saudade chega numa segunda-feira de manhã, quietinha. Tenta te convencer que nem foi tão ruim assim, inventa culpas que não existem e passa umas cenas bonitas, pedindo com insistência pra ser anunciada. “Ei, tô com saudade.” Como se tivesse tudo bem, sendo que não tá tudo, muito menos bem. Acho um abuso, não e não. Pura manipulação barata, a saudade não presta. Saudade de que? De quem? Se quem me fez bem já nem existe mais. E eu não sei lidar com esse prazo de validade das pessoas. Amar alguém que depois de algumas semanas eu nem admiro, muito pelo contrário. E continuar amando só porque o corpo é o mesmo, então separar o antes e o depois é quase impossível. Não sei se o mais triste nisso tudo é perder quem eu conheci ou não valer a pena conhecer o que restou. Tem coisa pior do que fim que não finaliza? Não acaba o sentimento. Só acaba comigo .

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