quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Te amo até sem amor, como se isso tudo fosse tão grande, tão grande, tão absurdo, que quase não é.


Eu te amo de um jeito tão impossível que é como se eu nem te amasse. E aí eu desencano desse amor, de tanto que eu encano. (...) Mas eu te amo também do jeito mais óbvio de todos: eu te amo burra. Estúpida. Cega. E eu acredito na gente. Amo você, mesmo sem você me amar. Amo seus rompantes em me devorar com os olhos e amo o nada que sempre vem depois disso. Amo seu nada, apenas porque o seu nada também é seu.
Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz. Deixo você se virando sozinho, se dobrando sozinho. Virando e dobrando a sua
esquininha.

Tati Bernardi

Fazem meses que não te vejo, que não falo com você;



Não sei se você está bem, se está estudando, se está gostando de outro alguém ou se às vezes ainda sonha comigo. Nada mais sei sobre você, além do que sobrou. Recentemente vi umas fotos suas, o corte de cabelo ainda era o mesmo, o físico, o estilo de roupas. Mas tinha algo diferente, eu sei que tinha, porém, como eu poderia explicar? Era algo no seu olhar castanho escuro, como se faltasse algo por dentro de você. Era o formato dos traços do seu sorriso, como se tivesse perdido um pedaço de você .. Então lembrei, talvez o que faltava, era o pedaço de você que eu levei comigo, e não consegui te devolver.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

- dane-se ,

tomara que você quebre a cara e venha tentar qualquer tipo de aproximação sobre mim. Aí sim, eu vou ser do mau ."
Tati Bernardi

O homem me busca todas as vezes, me espera na porta, abre a porta do carro.


Isso quando não me suspende no ar e fala 456 elogios em menos de cinco segundos. Pra piorar, ele ainda tem o pior dos defeitos da humanidade: ele esqueceu a ex namorada. Depois de trinta anos me relacionando só com homens obcecados por amores antigos, agora me aparece um obcecado por mim que nem lembra direito o nome da ex. Fala se tão de sacanagem comigo ou não? Como é que eu vou sofrer numa situação dessas? Como? Me diz? Durmo que é uma maravilha. A pele está incrível. A fome voltou. A vida tá de uma chatice ímpar. Alguém pode, por favor, me ajudar? Existe terapia pra tentar ser infeliz? Outro dia até me belisquei pra sofrer um pouquinho. Mas o desgraçado correu pra assoprar e dar BEIJINHO .

Tati Bernardi

Eu chorei o medo que eu tenho de não ser quem você quer e o medo que eu tenho de ser exatamente o que você quer.


Eu chorei porque precisava de colo, porque precisava te mostrar a minha fragilidade escondida no meu mau-humor.
Eu chorei porque vez ou outra ele ainda bate na minha porta e eu o deixo entrar, e eu sei que isso é medo do tanto que você habita todos os lugares.
Eu chorei porque eu sempre canso de tudo e tudo sempre cansa de mim. Chorei de cansaço profundo de sempre cansar de tudo e tudo sempre cansar de mim. Chorei de apego ao cheiro do novo e principalmente de melancolia pelo cheiro do velho. E chorei porque tudo envelhece com novos cheiros e a vida nunca volta. Eu chorei de pavor da rotina, de pavor do fim, de pavor de sair da rotina e começar outros fins.
Eu chorei meu medo de submissão, o meu medo de vomitar, o meu medo de me mostrar pra você tanto, tanto, e não ter mais o que mostrar. Eu chorei minha infinidade de coisas e o medo de você não querer abrir os mais de um milhão de baús que existem escondidos na caixa cerrada que eu guardo embaixo do meu peito. Eu chorei meu fim e o medo do meu infinito.
E eu teria chorado cinco anos se você não me dissesse que já era hora de parar. E eu chorei depois cinco anos escondida, porque eu não sei a hora de parar e não quero que ninguém me diga.

Tati Bernardi

Eu vou mostrar pra você ♪


Que esse amor não cabe mais só no meu peito
Que dividir contigo parece perfeito
Que eu só penso em você e ninguem mais
Eu vou mostrar pra você
Que é pra ficar pra sempre na nossa memória
Que nós dois juntos somos a moral da História
E que o final feliz é a gente que faz

Jorge e Matheus

sábado, 18 de setembro de 2010

Se fosse uma comédia-romântica-americana ,


A gente se encontraria daqui a um tempo e eu diria a ele, que mesmo depois de ter conhecido homens (...) era ele que eu amava, era ele que eu queria. E ele me diria que, mesmo depois de ter conhecido mulheres que conheciam a Europa, mulheres que tinham nascido em bairros nobres e charmosos era eu que ele amava, era eu que ele queria.

Tati Bernardi

' ..eu me encho de coisas por aí ..




me encho de amigos, bares, charmes, possibilidades, livros, músicas, descobertas solitárias e momentos introspectivos andando ao sol.. e todo esse resto de coisas deixa um pouco de ser resto e passa a ser a minha vida! '


Tati Bernardi

Mas a verdade é que eu odeio o equilíbrio.


Porra, se eu tô puta, eu tô puta! Se eu tô com ciúme, não vou sorrir amarelo e mostrar controle porque preciso parecer forte e bem resolvida. Se o filho da puta que senta do meu lado é um filho da puta, eu não vou fazer política da boa vizinhança, eu vou mais é berrar e libertar essa verdade de dentro do meu fígado: você é um grandessíssimo filho de uma puta!

Tati Bernardi

Tá, mas no especial do Roberto Carlos não vai dar pra ser megera.


O filho da mãe sempre me faz chorar. É impressionante como a gente se sente sozinha na porra do especial do Roberto Carlos.

Tati Bernardi

domingo, 12 de setembro de 2010

Não era pra gente se beijar ..


Apesar de eu estar fazendo bico sem parar, uma mistura de vontade de chegar mais perto com vontade de me proteger. Era tudo tão bom. O cheiro e a cara feia. Tudo tão bom e nada feio. (...) Como tudo é insuportável e a gente quer morrer mas de repente tudo fica incrível e a gente quer viver. É isso, simples. Você pensa que vai morrer, mas passa. Tô achando minha dor duvidosa, porque agora, por exemplo, não tenho dor nenhuma.
É impressionante como eu não gosto de ninguém mas, de vez em quando, escapa um momento, um gesto, uma pessoa perdida e linda e única. E eu fico nessa felicidade de ser uma pessoa boa e capaz dessas coisas boas. E tudo era legal, tudo. Vai da camisa até o nariz. E do jeito dele falar até o tempo todo que ele fica quieto. É tudo tão legal.E a força que saia de dentro dele aquele dia e agora ele sem forças. E tudo forte e ao mesmo tempo eu quase com sono e calma. E de como ele fala de coisas terríveis quase sorrindo. E ele disse que precisava me contar uma coisa que ia me deixar triste. E eu disse vai com tudo. Não quero mais morrer, viver é bom demais.

Tati Bernardi

Dai decidi que agora não.


Ah, agora não. Tudo de novo? Não. Então peguei meu celular, assim, meio ocupada, óculos e tal e mordendo o lábio inferior um pouco ressecado e, sem dó, deletei seu número de celular. Deletei as mensagens de texto também. E deletei seu nome e as fotos e a música e tudo.
E deletei você de tudo que me informa da sua vida e do lugar mais difícil de todos: do lixo do computador.

Tati Bernardi

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vem cá. Me dá aqui a sua mão. Coloca sobre meu peito.


Agora escute. Olha o tumtumtum. Você pode me ouvir? É pra você, seu besta! É por você que meu coração bate! (Ele, que de tanto bater, parou sem querer outro dia). Posso confessar? Jura que vai acreditar em mim? A verdade é que estou de saco cheio de histórias românticas. Meus casos de amor já não têm a menor graça. Será que você me entende? Eu não escrevo porque vivo amores cinematográficos e quero contar pro mundo. Não!! Eu escrevo porque eu sou uma maluca. Minha vida é real demais. Um filme B pra ser mais exata. E eu não acho graça em amores sem final feliz. Por isso, invento. Pro sangue correr pelas veias, pra lágrima cair dos olhos, pra adrenalina sacudir o corpo. Eu invento amores pra ver se eu acredito em mim. (Acredita?). Mas hoje eu estou cansada. Estou cansada de mentiras, de realidade, de telefone mudo e de músicas sem letra.(...)
Me deixa ser egoísta. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero ser preservada. Me deixa de fora de suas mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie quase em extinção: eu acredito nas pessoas. E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. (Ou me diga tudo). Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis. (Sabia?) Mas meu coração está rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Não mais). Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. Mas eu não moro em igreja, não sou santa , não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também."

Fernanda Mello

Eu podia ter escolhido o caos, mas eu escolhi você.


Mas eu confesso que fui burra. Porque eu me fazia de difícil mas todas as vezes que o sol levantava meio cinza era pra você que eu ligava. Porque nos dias de chuva era o seu cheiro e o peso do seu corpo no meu que eu queria sentir. Quando a madrugada esfriava e gelava os meus pés eu só queria trocar minhas meias por você me abraçando forte e fazendo o medo de congelar ir embora junto com as minhas sensações forçadas. A grande verdade de tudo é que eu me esforcei tanto pra acreditar que você não era o homem da minha vida porque eu jamais acreditei em nada tão brega como scarpins caramelo e amores de uma vida inteira.
A minha mania de banalizar sentimentos devia ter te empurrado pra bem longe de mim, mas o seu abraço é comprido e sua sede por mim é eterna e você não desistiu de me alcançar.
Quando eu disse que eu fiz tudo sozinha, que sem mim nada teria dado certo, que as manhãs continuariam incertas e que a verdade dos nossos olhos jamais seria descoberta, eu também estava mentindo. A minha alma covarde não foi capaz de assumir pra si mesma um amor, quem dirá assumir um passo tão nobre para o mundo. Eu precisava reclamar do que fiz pela gente pra acreditar que eu era melhor do que você e, assim, continuar desgostando de você. Mas eu não consegui.
A força está com você e as suas certezas transpiram não sei como dizendo à quatro ventos o quão melhor do que eu você é. Eu não tenho argumentos de negação.
E eu errei em cada pedaço mal contado da nossa história. Porque no fundo eu sei que quem conta esses capítulos sou eu, com a minha métrica compassada de quem acha que seu único dom é a palavra. Mais uma vez errada, então. As minhas palavras acabaram confundindo os caminhos tão claros porque eu sempre preferi o drama emocional; daí a sua admiração por mim quando eu me despia das minhas dúvidas e começava a fazer comédia.
Mas agora é risada e eu sei. Porque depois de tantos porquês não há nada mais justo que a felicidade simples, ainda que ela dure pouco, ainda que enlouqueçamos depois dela, ainda que a vida faça sentido só por aqueles segundos e depois não mais. O que me importa são os momentos felizes que estão por vir e que vamos viver sem medo do amanhã porque o nosso depois é o que passamos esperando por todo o agora.
Quero me segurar em você até não ter mais encaixe possível, quero suas mãos no meu rosto inteiro pra eu fechar os olhos gigante, pra eu poder chorar até secar a última mágoa na sua camiseta que agora vai ter o meu cheiro misturado no seu. Quero que o sol se ponha em silêncio pra ver a gente andar na praia, que as nossas bocas conversem grudadas e os nossos olhos aprendam a falar uns com os outros. Hoje eu quero o que eu sempre estive procurando com tantas outras pessoas por aí fingindo não saber que eu sabia que o meu breve momento podia ser eterno se eu entendesse que havia de ser com você.
Eu podia ter continuado na batalha, esperando ligações cheias de segundas intenções que não iam sair do vazio de uma cama cheia de lençóis, frustrações e distâncias pré-estabelecidas. Podia ter andado em linha reta pra não enxergar você a cada desvio, a cada ato falho da razão me mostrando a minha sensação por você fazendo força contra a vida mesquinha que eu queria levar pra não sofrer. Eu podia ter sido covarde por mais vinte anos, e mais vinte, pra sempre. Mas a sua coragem transbordou em mim e me deu a lucidez que faltava pra eu enxergar que a luz da chegada, o respiro do sossego e a leveza da escolha certa estavam guardadas, pra mim, em você.
Rani Ghazzaoui

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Você me provoca achando que não há perigo.


Sem conhecer a força da minha mordida, o tamanho
dos caninos, você me provoca, sem esperar a picada,
sem saber que ainda não inventaram antídoto pro meu tipo de veneno.

desconhecido

Você se doou tanto quando eu não pedia,

e no momento em que pela primeira vez pedi, você negou, você fugiu."
desconhecido

domingo, 5 de setembro de 2010

' Penso em você ..


apesar de não sentir sua falta e muito menos sua presença. penso em você porque sinto um vazio, que eu não sei do quê e nem por quê ..

Caio Fernando Abreu

Não é paixão ..

porque eu só me apaixono por quem eu quero destruir '
Tati Bernardi

Mas eu não sei. Mas eu tô aqui. Olhe meus olhos tão arregalados, como posso guardar mentira aqui ?


Eu posso cantar pra você, eu posso te segurar, eu posso ficar aqui até você conseguir. Eu não sei. Tá perto. Vai. Solta da borda. Eu sei, você já foi parar no fundo. Mas agora é diferente. Tá mais raso. E eu tô aqui. Eu vim do outro lado do oceano. Eu vim só por sua causa. Vem, larga da borda. Pode vir. Eu vi você como você é e é por isso que estou aqui. Confia. Não sei. Pode vir. Não tem mais ninguém. A borda é para os peixes pequenos. Solta, isso, relaxa a cabeça no meu peito. Não tem fundo mas eu te ajudo a flutuar. Você pode. Calma. Afoga um pouco no começo, cansa, desespera. Mas você quer como eu quero? Quero. Então eu te ajudo. Vem. Isso. Segura em mim. Paz. Azul. Agora, você está quase conseguindo. Falta só metade. Você está quase chegando, mas eu vou decepar a sua cabeça pra usar de bóia. Eu também não sei nadar.
Tati Bernardi

sábado, 4 de setembro de 2010

Você acompanhou com olhos humildes e humilhados todos os passos da sua ex naquela festa e eu continuei te amando.


Você me largou sozinha naquele hospital, com a minha mãe sem saber se tinha ou não metástase, e foi para a praia com seus amigos bombados. E eu, no fundo, te perdoava, te entendia, te amava cada vez mais. Você me mandou embora da sua casa, do seu carro, da sua vida, da memória do seu computador, do seu celular e do seu coração. Você me deletou. E eu passei quase um ano quietinha, te esperando, rezando pra Santo Antônio te ajudar a ver que amor maior no mundo não poderia existir.e eu me perguntava, quase já sem agüentar mais, sem entender tamanha entrega burra, quando isso finalmente teria um fim. Quando minha coluna ia voltar a ser ereta, minha cabeça erguida e meus passos firmes? Quando eu iria superar você? E foi assim, sem avisar, por causa de um segundo sem grandes enredos, que a chavinha, catapuft, fez meia volta e virou para a esquerda. Me devolvendo a mim, me devolvendo à vida. Dissolvendo você no ar, trazendo cores, cheiros e possibilidades de volta. Matando o homem que eu mais amei na vida.

Tati Bernardi

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente.


Dessa vez, com você, eu queria que desse certo.
Eu quero que dê certo, não estraga, por favor.
Não estraga não estraga não estraga.

Tati Bernardi